SENAR-SP oferece curso gratuito de receitas artesanais à base de leite para produtores rurais
O curso Processamento Artesanal de Leite é um entre tantos programas das áreas de Formação Profissional e Promoção Social do SENAR-SP
Queijos, bebidas lácteas, iogurtes, doces, leite condensado, manteiga etc. Esses produtos agora podem ser produzidos por 13 produtores rurais do assentamento rural Araçá, de Araçatuba. O curso Processamento Artesanal de Leite é um entre tantos programas, projetos e cursos das áreas de Formação Profissional e Promoção Social do SENAR-SP, que estão em busca de auxiliar o produtor rural das mais variadas formas.
Em parceria entre SIRAN (Sindicato Rural da Alta Noroeste), Sebrae-ER Araçatuba e SENAR-SP, esse curso foi realizado no interior paulista e a ação marcou o retorno desse tipo de evento ao assentamento após três anos.
Em 32 horas de duração, divididas em quatro dias com oito horas/aula em cada um, os participantes receberam orientações sobre a escolha do local apropriado, higiene pessoal, do ambiente de trabalho, dos utensílios e equipamentos, características do leite, procedimentos adequados para alcançar os resultados esperados, e educação nutricional visando a promoção da alimentação adequada e saudável.
De acordo com o instrutor João Francisco Gomes, o processamento artesanal do leite permite maior consumo do produto de forma diferenciada, pois possibilita a confecção de seus derivados, permitindo que seja consumido não apenas in natura. “O curso contribui ainda para o aproveitamento do excedente que não é comercializado, conferindo maior durabilidade ao produto, evitando o desperdício”, explica Gomes.
Curso completo
O processamento artesanal do leite proporciona ganho econômico ao produtor rural à medida que evita desperdícios do alimento, transformando-o de forma segura. Além disso, evita a compra de derivados, uma vez que os participantes do curso podem confeccioná-los em casa, para uso da família.
“A programação do curso inclui preparar o processamento, reunir material, pasteurizar o leite, processar queijos, fermentados, doces, manteiga, ponto de coagulação, embalar, identificar e armazenar o produto, e limpar as instalações, equipamentos e utensílios. É bem completa mesmo”, comenta Gomes.
Uma das participantes foi a produtora rural Eliana da Silva de Oliveira. Ela conta que no seu sítio há 32 vacas leiteiras, sendo 12 em lactação, que juntas produzem cerca de 110 litros por dia. A maior parte da produção é vendida para um laticínio. Agora, uma parte ela tira para fazer os produtos que aprendeu no curso. “Eu decidi fazer o curso para me aperfeiçoar e vender a produção. Gostei bastante. Além de me atualizar em relação às técnicas, aprendi a fazer novos produtos, como a mussarela, o frescal e o doce de leite, que pretendo passar a fazer no sítio”, afirma Eliana. “O retorno dos cursos ao assentamento foi uma benção”, finaliza.
A turma do assentamento atingiu o número máximo de 13 participantes, sendo que antes da pandemia de Covid-19, a quantidade era de até 20 pessoas. Agora, seguindo as orientações das autoridades de saúde, todas usam máscaras, têm álcool em gel à disposição, contam materiais de estudo desinfetados, e mantêm distanciamento. Os participantes recebem gratuitamente material didático e certificado de conclusão.
Sobre o leite
O leite é um dos alimentos mais completos e indispensáveis na alimentação humana e pode ser consumido por todas as faixas etárias. É fonte de proteína, cálcio, vitaminas e minerais. É responsável pelo crescimento, formação de dentes, ossos e músculos. Na pirâmide alimentar é classificado como alimento construtor, rico em nutrientes que têm papel fundamental no organismo.
Para uma dieta equilibrada, é recomendado o consumo de três porções diárias de leite e seus derivados, associadas aos demais alimentos do mesmo grupo alimentar, atendendo às porções sugeridas de todos os grupos.
Fotos: SIRAN/Marcelo Teixeira
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