Os produtores rurais e as indústrias de produtos lácteos devem se atentar para duas regulamentações: a IN 76 e IN 77. IN 76, aprova os regulamentos técnicos de identidade e as características de qualidade que devem apresentar o leite cru refrigerado, o leite pasteurizado e o leite pasteurizado tipo. IN 77, estabelece os critérios e procedimentos para a produção, acondicionamento, conservação, transporte, seleção e recepção do leite cru em estabelecimentos registrados no serviço de inspeção oficial.

A higiene do animal, do ordenhador e das instalações são ações necessárias para atingir esse objetivo, ou seja, obter um leite de qualidade. A adoção de medidas de higiene no processo da ordenha são fundamentais, pois as bactérias estão presentes no ambiente e podem contaminar o leite. Algumas medidas que podem ser adotadas: Manter a sala ou local de ordenha sempre limpos; Usar roupas limpas para ordenhar as vacas; Utilizar água de boa qualidade (potável); Lavar as mãos e mantê-las limpas durante a ordenha Imergir as tetas em solução desinfetante antes e após a ordenha; Secar as tetas com papel toalha descartável; Lavar os equipamentos e utensílios após cada ordenha com água aquecida, usando os detergentes de acordo com o manual do fabricante dos mesmos; Trocar borrachas e mangueiras do equipamento de ordenha na frequência recomendada pelo fabricante ou quando ocorrerem rachaduras; Lavar os tanques de refrigeração, usando água aquecida e detergentes adequados cada vez que o leite for recolhido pelo transportador.

O SENAR-SP possui cursos profissionalizantes que podem te orientar nessa questão. Procure o Sindicato Rural Patronal mais próximo de você e consulte sobre os cursos programados. Os cursos disponíveis para este tema são: Qualidade do leite Bovinocultura de leite - Diagnóstico e prevenção da mastite Bovinocultura de leite - Ordenha manual Operação de ordenhadeira mecânica Manutenção de ordenhadeira mecânica

A palavra “aquaponia” vem da combinação entre “aquicultura” (produção de organismos aquáticos) e “hidroponia” (produção de plantas sem uso de solo).  Aquaponia é um sistema de recirculação de água em um processo que integra piscicultura e horticultura, que tem por princípio a produção de alimentos saudáveis, como peixes (valiosa fonte nutricional) e hortaliças, com uma visão de respeito ao meio ambiente.

De uma maneira bem simples, o sistema aquapônico funciona na integração da criação de animais aquáticos produzidos em alta concentração, cujos excrementos (fezes, gás carbônico e amônia) e resíduos (restos de ração, escamas, peixes mortos e algas) servirão de alimento para microrganismos (bactérias do filtro biológico), os quais transformarão essa matéria orgânica, tóxica para os animais aquáticos, em nutrientes para as plantas, as quais podem ser cultivadas em diferentes modelos de estrutura.

Aquaponia pode ser cultivado em três tipos de sistemas: ✔ NFT (nutrient film technique) ou ambiente de cultivo em tubos hidropônicos - O sistema NFT é uma técnica de cultivo em água, pela qual as plantas crescem tendo o seu sistema radicular dentro de um canal ou canaleta, através do qual circula uma lâmina d’água que passa por suas raízes. ✔ Floating ou jangada - Também chamado de leito inundado ou sistema flutuante, trata-se de uma canaleta cheia de água do viveiro e bandejas flutuantes que dão suporte às plantas. ✔ Wicking bed ou ambiente cama de cultivo - É semelhante ao DFT, mas a canaleta é preenchida por algum substrato (fibra de coco) ou material inerte (brita, zeolita, argila expandida, caco de telha).

A estrutura de um Sistema Aquapônico partilha de vários componentes simples e pode ser construído com materiais encontrados no mercado. De uma forma geral, a estrutura do sistema tem como componentes básicos: Tanque de criação de peixes, Decantador (filtro de sólidos), Clarificador, Biofiltro, Sistema hidropônico e Sistema de captação.

O SENAR-SP possui um curso de Aquaponia, com carga horária de 24 horas. Para saber onde será realizado este curso, basta acessar a agenda de ações/atividades do SENAR-SP no seguinte endereço: http://educacao.faespsenar.com.br/. Selecione o mês, escreva aquaponia no campo “buscar por...” e clique em encontrar. Ao encontrar o curso clique em “saiba mais”. O ícone ”sobre o curso” você vai encontrar as informações do curso, e no ícone “turmas” você encontra a agenda com data e município de realização.

O Mundo digital está presente e tomando proporções no setor do agronegócio. Estar informado sobre o mundo digital coloca o produtor rural em condição satisfatória para sua produção, para o mercado, sua capacitação e convívio social. Ferramentas e recursos tecnológicos para georreferenciamento da propriedade, aquisição de crédito rural, emissão de guias, gestão da propriedade, regularização de terras, e-commerce, dentre outros, são exemplos da importância do uso da tecnologia no campo de forma segura. Cuidados devem ser tomados quanto ao mundo digital como: proteção de dados, crimes cibernéticos, uso abusivo da tecnologia e de seus recursos.

Visa a produção artesanal de artefatos utilitários, artísticos e decorativos, utilizando matérias-primas disponíveis na natureza, como palhas, sementes, couro, galhos, troncos e outros. Contribui para a preservação e divulgação das expressões culturais regionais. As atividades são desenvolvidas de forma sustentável, com vistas à preservação ambiental. São respeitadas as restrições de extração da matéria-prima, conforme legislação vigente, além de reaproveitar a matéria prima excedente local. Pode ou não ter fim comercial e estimulando a organização de grupos. Apresenta o caráter econômico à medida que pode haver comercialização das peças produzidas, ou ainda, o público alvo confecciona os produtos para uso próprio, evitando-se a compra. A artesanato rural além de otimizar os recursos naturais e valorizar a cultura local pode também gerar renda às pessoas ligadas ao agronegócio.