Produção de café especial exige cuidados, especialização e capricho
Senar SP oferece cursos de especialização para produção de café especial com processo completo: cultivo, colheita e beneficiamento do grão
O café especial, cada vez mais, tem caído no gosto do consumidor com o paladar apurado. Porém, para chegar ao grão de qualidade é preciso alguns cuidados, estudos e muito capricho.
Na fazenda da produtora de café, Daniella Pelosini, a sombra preguiçosa da Alameda de Pinheiros é um sinal que já passou muito tempo por este caminho. O velho arado virou obra de arte, o terreiro antigo, pioneiro, de tijolão de barro, agora é parte da memória de um tempo que se foi.
No entanto, hoje em dia, o café da tradição se faz também com muita tecnologia. A máquina trouxe agilidade para a colheita e eficiência para o sítio.
O sítio tem 48 hectares com 148 mil plantas. A produção média é de 42 sacas por hectare. Contudo, 48% desse volume entram na categoria de café especial.
Daniella se revelou uma campeã de concursos de cafés especiais, coleciona troféus e certificados. Estudiosa do grão, ela procura as melhores formas de produção, acompanha todo o processo e fica atenta a cada etapa.
“Os concursos de café servem, basicamente, para dizer ao produtor que ele está no caminho certo. Rumo a qualidade para se especializar ainda mais e repetir o bom resultado, comentou”.
Os grãos são selecionados, despolpados e revolvidos no terreiro e aos poucos vão ganhando qualidade e personalidade de aroma e sabor. Isso é o terroir do café de altitude da cuesta de Botucatu.
Senar SP oferece curso de produção de café especial
De acordo com o instrutor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) de São Paulo, Rômulo Buton, a entidade oferece cursos de especialização na produção de café especial. As aulas ensinam todo processo, do cultivo a colheita e, posteriormente, o beneficiamento do grão.
“Todo trato cultural, desde o início de uma muda que coloca no solo até a parte de pós-colheita, que são os cuidados especiais no terreiro, maturação correta, porcentagem de grãos verdes, que deve ser inferior a 10% e todo o trabalho para que o café chegue no terreiro perfeito”.
Com a nova safra, está aberta a nova temporada de concursos de cafés especiais. Em Pardinho, no interior de São Paulo, o sindicato rural do município organiza a segunda edição de um concurso regional. De acordo com Luciane Correia, coordenadora do Senar SP, os concursos trazem benefícios para o produtor e para a região.
“Ele melhora a precificação, além de incentivar o produtor a produzir café de qualidade. E ainda classifica a região como produtora de café especial, ressaltou”.
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