FAESP estuda medidas para escoar produção da agricultura familiar em tempos de coronavírus
Merenda escolar em domicílio é uma das alternativas para evitar prejuízos ao setor
Uma das grandes preocupações do momento é escoar a produção da agricultura familiar represada depois que escolas e restaurantes foram obrigados a suspender suas operações, por conta isolamento social imposto pelo novo coronavírus. É o que afirma o vice-presidente da Federação de Agricultura do estado de São Paulo e do Senar-SP, Tirso Meirelles, em uma live realizada nesta manhã de segunda-feira, dia 30, pelas redes sociais da Família Nação Agro e Canal Rural.
Em entrevista ao jornalista Tobias Ferraz, Meirelles afirmou que estão sendo estudadas medidas para que parte desta produção seja entregue às famílias dos estudantes da rede pública de ensino, que estão sem aula no momento. “Você entrega o alimento semanal para as crianças. Isso traz condição para resolver o problema de escoamento da verdura, depois do fechamento de bares e restaurantes”, exemplifica. O vice-presidente do Senar-SP, também destaca que cerca de 96% das feiras estão em funcionamento no Estado.
Preocupação também do secretário de agricultura do estado de São Paulo, Gustavo Junqueira, que também participou da live nesta manhã. “Estamos estudando meios de realocar essa produção”, afirmou o secretário. Para isso o governo montou um Comitê de Inteligência para escoar a produção agrícola e manter o abastecimento no estado.
Outra questão discutida foi a operação da Ceagesp, maior central de abastecimento de alimentos da América Latina. Questionado pelo jornalista Tobias Ferraz sobre relatos da ausência de medidas preventivas, como pias para higiene ou álcool gel, o secretário reconheceu que o modelo de abastecimento do entreposto precisa ser revisto. “Precisamos criar um novo sistema de abastecimento no estado de São Paulo, que atenda as demandas da qualidade a que o nosso consumidor e o nosso produtor têm exigido. A orientação é que ele fique aberto e tenha cuidados mínimos para atender caminhoneiros, carregadores e o consumidores”, diz.
O secretário ainda reforçou a postura do governo do estado de São Paulo: “todos locais que há aglomeração precisam ser evitados. Não é para ir contra a atividade econômica, é que nós temos que ter um sistema onde as coisas realmente sejam conduzidas sem ser um vetor de disseminação da doença.”, concluiu.
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