Demanda por orgânicos no sistema delivery triplica em Avaré (SP)
Associação Orgânicos Avaré (AOA) recebe encomendas de alimentos; cestas são montadas de acordo com os pedidos de clientes e entregues em domicílio
Há dois anos, um grupo de produtores de orgânicos do município de Avaré, no interior de São Paulo, fundou a Associação Orgânicos Avaré (AOA) para ajudar na comercialização de seus produtos. Nesse sentido, um dos frutos da união foi a conquista de uma banca no mercado municipal da cidade.
No local, são quinze produtores associados que cultivam uma área de aproximadamente 30 hectares no sistema orgânico. Portanto, a banca no mercado municipal tem um pouco de tudo. Dessa forma, cerca de uma tonelada de produtos orgânicos frescos são comercializados semanalmente.
A produtora rural, Cristiane Ferreira, apesar de formada na área de relações internacionais, optou pela vida na roça e decidiu ser produtora de orgânicos.
Segundo Cristiane, um dos fatores que motivou a mudança na vida dela foi ter a satisfação de entregar ao cliente um produto saudável.
“O maior sentimento que a gente sente é que está fazendo um bem para todas as pessoas. A gente está levando saúde para as pessoas e essa é a maior vantagem”, comentou.
Demanda por orgânicos triplica em Avaré (SP)
Além da compra na banca, a associação aceita encomendas. Conforme a demanda da semana, os produtos são comprados e as cestas montadas. Contudo, por causa da pandemia, as entregas em domicílio triplicaram.
De acordo com a produtora rural, Lúcia Helena Oliveira, os alimentos que não são produzidos na região, são encomendados de outros municípios, tudo para atender a necessidade do cliente.
“Os clientes são cadastrados e eles recebem a lista e têm a liberdade de escolher. O prazo é até a segunda-feira, às 8 horas da manhã. A partir daí, a gente precisa de um tempo para passar para o produtor e ele colher. No entanto, o que não que não tem aqui na nossa região, a gente tem que buscar fora, justamente, para suprir o máximo possível o desejo do cliente”, ressalta.
Contudo, mesmo com a comercialização firme e as vendas aumentando cerca de 10% a cada semana, os produtores de orgânicos ainda têm grandes desafios pela frente.
Segundo André Albano, presidente da Associação Orgânicos Avaré (AOA), uma das maiores dificuldades é conseguir oferecer um preço mais baixo para o consumidor final.
“Hoje em dia, o orgânico tem essa fama de ser caro, mas algumas coisas o custo é bem bem inferior do que o convencional. Mas ainda é preciso melhorar o preço final para os consumidores”.
Nesse sentido, para Sérgio Faria, agrônomo da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), o caminho é aumentar o número de associados para ampliar o poder de venda.
“As áreas são pequenas e os produtores têm dificuldade de um fornecimento com maior volume, então a ideia é que tendo mais produtores, a gente consegue aumentar a escala do grupo”.
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