ARTIGO: A Rastreabilidade e a OCDE

Fazer a lição de casa é questão básica para entrar em novos mercados

FIGO RASTREADO

Por Tobias Ferraz

A OCDE – Organização de Cooperação para o Desenvolvimento Econômico é clube dos ricos no mundo do comércio. Formada por 36 países que se ajudam para o desenvolvimento de políticas econômicas e facilitam ações de comércios entre eles.

Os membros da OCDE são países que já passaram por muitas dificuldades, aprenderam com esses momentos, construíram riquezas e têm uma população com alto nível de qualidade de vida, com educação de alto nível, atendimento em saúde da maior qualidade e todos os cidadãos têm acesso aos produtos e serviços oferecidos. Esse é um breve perfil sobre os países membros da Organização.

Há quase 20 anos que o governo brasileiro tenta entrar para esse grupo, e nesta semana o presidente dos Estados Unidos manifestou apoio para a entrada do Brasil nesse seleto clube, mas a “compra do título” tem alguma exigências, entre elas, a descrição sobre origem e processo de produção dos alimentos: a rastreabilidade.

Na preparação do terreno para a entrada do Brasil na OCDE, o governo brasileiro vem adotando algumas normas, por isso o Ministério da Agricultura e a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, editou no final de 2018 a Instrução Normativa sobre Rastreabilidade dos Vegetais Frescos, em que trata, entre outros temas sobre o uso racional de defensivos agrícolas.

A “Normativa da Rastreabilidade”, como ficou conhecida, pede que o produtor tenha um caderno de campo com anotações sobre tudo o que foi feito na lavoura, principalmente com relação ao controle de pragas e doenças, que gere um número de lote com identificação de canteiros, quadras ou talhões de produção e um rótulo com identificação e endereço do produtor. Conhecer a origem da produção e seu processo traz segurança para o consumidor e transparência para o mercado.

Esse histórico sobre o processo de produção é exigência da OCDE, não adianta espernear. O produtor que quiser vender para o “clube dos ricos”, vai ter que seguir as normas da organização. Rastreabilidade é exigência do mercado atual e não é um bicho de sete cabeças e depois de um tempo de aplicação vira até uma ferramenta de gestão que ajuda o produtor a enxergar problemas na produção, e com isso corrigir o processo, melhorar a produtividade, ampliar a margem de lucro e por mais dinheiro no bolso.

Lição de casa é pra gente exercitar o aprendizado e com os exercícios em dia, a gente fica melhor.

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