Coronavírus: Qual impacto na pecuária?
Dólar em alta, bolsas caindo e uma paralisação na economia brasileira jamais vista na história. Mas, a pecuária não pode parar. Até porque os animais precisam comer, crescer e se desenvolver… e continuar alimentando o mundo, estamos contando ainda mais, com o pecuarista brasileiro.
O que o pecuarista deve fazer se os frigoríficos já estão fechando plantas e não recebendo animais para o abate por conta do coronavírus? Como manter o boi no confinamento e engordando?
Essa foi a dúvida de muitos pecuaristas que obtiveram algumas respostas na entrevista da vice-presidente executiva da Asbram, Elizabeth Chagas, que participou do programa Giro do Boi desta quarta-feira, 18.
Como forma de tranquilizar o produtor ela afirma que a associação já se antecipou adquirindo do exterior algumas matérias-primas para o cocho e citou conversa com a ministra Tereza Cristina sobre facilidade de aquisição de novos fornecedores. Para ela, o coronavírus é sim um potencial de enfrentamento de preços altos, mas que depende de cada um para que se reinvente com a situação.
Porém, planejar ainda será o melhor remédio para enfrentar o que está por vir. “Prepare seu armazém e lembre-se que o boi não vai abrir o armazém – ele não tem a chave. Você tem que fazer hoje um trabalho, prestar atenção se aquilo que você comprou, o seu animal está ingerindo todo dia. A quantidade certa, pesar, porque muitas das nossas fazendas, a maior parte, não têm balança. Quer dizer, você faz no olho a checagem para ver se o boi está gordo ou magro. A gente vai vai ter tempos um pouco mais difíceis, mas eu acho que nós temos muito mais a lucrar a longo prazo do que, por exemplo, o que está acontecendo no hemisfério norte, na Europa, nos EUA, lá a coisa é muito mais complicada. Olhando para frente, existe céu de brigadeiro”, acrescentou a executiva da Asbram.”
Mesmo em meio a esses caos, é possível observar que muitos estão buscando criar novas possibilidade. Elizabeth comenta sobre esse período e aposta na ousadia do produtor rural.
““Eu gosto muito de desafio, eu gosto de crise porque na crise todo mundo que é competente sai na frente. Eu digo que crise é só tirar a letra S e fica crie. ”, afirma a executiva.
Fonte: Programa Giro do Boi | Canal Rural
Veja a entrevista clicando abaixo:
Notícias Relacionadas:
SENAR-SP oferece curso de florestamento para proteção de APP
Curso destaca importância ecológica, socioeconômica e legal da proteção das APPs, além dos benefícios à produção agrícola
FAESP comenta alta nos custos da produção de leite
Coordenador da Comissão de Bovinocultura de Leite da entidade, Wander Bastos deu entrevista exclusiva ao Mercado & Companhia
Chuvas voltam a SP a partir do meio da semana
Frente fria trará precipitações pelo oeste e sul do estado de São Paulo