Batatas-doce coloridas, mais produtivas e com características que agradam produtores rurais e consumidores. Uma pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (Apta) busca essas características em uma nova variedade do tubérculo. Os resultados iniciais da pesquisa foram apresentados nesta quinta-feira, dia 13, durante o II Simpósio da Batata-doce, realizado em Presidente Prudente-SP.
Segundo a pesquisadora da Apta, Amarílis Beraldo Rós, em três anos os produtores já poderão usar desta nova variedade. “Precisamos ainda fazer testes no campo, além da avaliação das características relacionadas ao sabor e textura, porém, já identificamos plantas que produzem 64 toneladas por hectare, enquanto as cultivares mais plantadas pelos produtores alcançam até 30 toneladas por hectare”, afirma pesquisadora.
A novidade vai dar fôlego a produção de batata-doce no estado de São Paulo, que é o segundo maior produtor nacional do produto. Isso porque, em 2011, uma virose provocou o declínio na produção do tubérculo. Na época a Apta realizou um trabalho de limpeza das ramas de batata-doce e começou a disponibilizar para os produtores materiais com alta qualidade fitossanitária.“Com isso, o jogo virou. A partir de análises que temos feito com informações do Instituto de Economia Agrícola (IEA), é possível notar que apenas com a recuperação da produtividade, a região aumentou em R$ 30 milhões a arrecadação com a cultura nos últimos cinco anos, explica Ricardo Firetti, pesquisador e diretor do Polo Regional da Apta.