Érico Kolya trocou a vida na cidade pelo campo há dois anos, dividindo sua rotina entre a queijaria e o computador. A tecnologia, para o sítio localizado em Cabreúva (SP), é usada para divulgar fotos e vídeos da produção. O empreendedor reforça que, estando no meio rural, é necessário apresentar o trabalho e o melhor caminho são as redes sociais. “É super importante ter uma página no Instagram e Facebook, um site que mostre o que a gente faz e também o nosso conceito e filosofia da produção”, diz.
Mas fazer divulgação é uma tarefa mais difícil sem acesso à internet de qualidade. Kolya, por exemplo, depende do plano 3G do celular. Ele roteia o sinal do equipamento para conectar o notebook, porém nem sempre os aparelhos se comunicam corretamente. A falta de sinal também impede pagamento via cartão de crédito e emissão de boletos.
“Eu tenho que me planejar. Geralmente vou para São Paulo e encosto em um café. Não é o ideal, por ser muito barulhento, mas é a forma que encontro de falar com alguém via skype”, relata. Segundo o vendedor, às vezes, nem sinal para ligação ele tem.
Abrir um empório em São Paulo está nos planos de Marina Asnis, mas ela tem encarado todos os problemas da falta de conectividade. “Fui a uma queijaria em Porto Feliz, peguei um monte de queijinhos, na hora que passei o cartão, ele disse: ‘Não deu’. Falei que ia tentar de novo, ele responde: ‘Sinto muito, mas não vai dar’”, conta. Segundo ela, a sorte foi ter dinheiro na carteira. “Infelizmente, também não é culpa deles”, completa.