Os produtores de alimentos frescos têm um leque de novas tecnologias ao seu dispor. Desde sementes selecionadas de cultivares melhoradas, passando por equipamentos da era digital para controle da irrigação e temperatura em estufas climatizadas, até uma sofisticada engenharia de embalagens para proteger e prolongar a vida dos alimentos. Porém, a defesa de muitas culturas corre risco. O que acontece é que não existem produtos registrados para o controle de pragas e doenças em boa parte dessas culturas.
A liberação de agroquímicos é de atribuição conjunta entre Ministério da Agricultura, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério do Meio Ambiente. E nem sempre esse tripé tem o mesmo entendimento sobre o uso de um determinado produto.
Depois de muita insistência, em 2012 algumas culturas ganharam o direito de extensão de uso, ou seja, agroquímicos registrados para determinadas plantas podem atender também às culturas da mesma família botânica para controlar pragas e doenças. Mas a extensão também tem restrições e oferece pouca proteção para alguns cultivos.