Bananicultores enfrentam graves prejuízos durante pandemia

Com a suspensão das aulas e interrupção da merenda escolar, bananicultores não conseguem evitar prejuízos; valor da caixa custava R$ 24 hoje custa R$ 12

Por Valeria Benites

Miracatu, cidade a 142 quilômetros da capital paulista, tem como grande vocação a produção de bananas. De acordo com o Sindicato Rural do município, 80% dos produtores são bananicultores, com foco no mercado interno, atendendo comércios e indústrias. Mas desde o início da pandemia, o lucro que já era considerado baixo ficou ainda menor.

Antes da pandemia, em janeiro, o valor da caixa com 20 kg, poderia chegar a R$ 24, hoje não ultrapassa R$ 12. “O custo de produção fica em torno de 0,80 e 0,90 centavos Não paga o bolso do produtor.”, relata Joaquim Branco, presidente do Sindicato Rural de Miracatu.

Em visita a indústria, uma média fábrica de doces de banana da cidade, mais um impacto. O gerente Otávio José Branco, explica que metade dos funcionários foram dispensados, utilizando novas medidas provisórias trabalhistas, com uso de banco de horas e adiantamento de férias. A produção dos doces, mariola, bananada e balas, também sofreram redução drástica. Antes da pandemia o volume era de 300 kg ao dia, depois da pandemia não ultrapassa 100 kg de produção. “Tivemos encomendas que estavam prontas para serem entregues em escolas,mas por conta da pandemia tivemos que vender a baixo custo para minimizar prejuízos.”

No último Dia de Campo Seguro, realizado pela Família Nação Agro, duas palestras foram apresentadas para auxiliar o produtor. A primeira realizada por Anderson Bezerra, consultor do Sebrae de São Paulo, explicando novas formas de venda e cuidados com a higienização de alimentos. A segunda palestra foi com o chefe de departamento econômico da Faesp, Claudio Brisolara, o conteúdo foi explicativo sobre crédito rural e novidades do plano safra, divulgado na semana passada.

A equipe de reportagem do Nação Agro esteve no evento, confira:

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