Fechamento de fronteiras, proibição de voos, cancelamento de eventos, quedas históricas nas bolsas de valores de todo mundo, alta do dólar, fakenews, falta de álcool gel e máscaras no mercado. Esses são os assuntos que dominam de forma mais contundente as conversas, os debates e os noticiários, principalmente após a decretação pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no último dia 11 de março de pandemia de Covid-19, em circulação em mais de 120 países.
As medidas adotadas até o momento por autoridades e lideranças brasileiras para desacelerar a escalada dessa epidemia global, focada no combate à disseminação e aos efeitos desse tipo de coronavírus são necessárias e louváveis; entretanto, não pode ser o único alvo. O mercado financeiro se desestruturou e vemos um cenário de altíssimo risco de contaminação severa do setor produtivo, com a desarticulação de inúmeras cadeias produtivas vitais à saúde da economia.
De acordo com diversos especialistas, os negócios mais impactados diretamente até o momento pertencem às cadeias produtivas do turismo, lazer, alimentação fora do lar. Somam-se a estes, os segmentos eletroeletrônico, mecânico, óleo e gás. À título de exemplo do que está acontecendo hoje, pensemos no seguinte cenário: um pequeno restaurante passa a servir 30 refeições dias, e não mais as 100 usuais. Com isso, o proprietário reduz as compras no mercado, no hortifruti, nas feiras livres.