Exportação de frutas tem bom desempenho em 2020 apesar da pandemia

Demanda por alimentação saudável e dólar valorizado tornaram produtos brasileiros atrativos no mercado externo

Por Henrique Oliveira
Cesta de frutas variadas

De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a pandemia de Covid-19 trouxe poucos impactos negativos às exportações de frutas do Brasil, apesar dos temores iniciais. Assim, em volume, as principais frutas exportadas superaram os envios médios dos últimos cinco anos – e a maioria, inclusive, registra performance superior à observada em 2019, que havia sido considerado um ano positivo.

As exportações foram beneficiadas pela demanda aquecida (devido ao apelo da alimentação saudável) e por problemas em alguns países relacionados à pandemia e a questões produtivas, segundo pesquisadores da revista Hortifruti Brasil, do Cepea.

Além disso, o dólar valorizado frente ao real também favoreceu as exportações, pois torna produtos brasileiros mais atrativos no mercado externo. Conforme o Cepea, a moeda americana elevada permitiu que exportadores baixassem o preço médio (em dólar), sem deixar de ter boa rentabilidade em real, mesmo em períodos pouco usuais de embarques.

Dessa forma, no geral, o Brasil pôde manter sua oferta de frutas, o que estimulou as exportações à União Europeia, que, por sua vez, manteve firme a demanda por frutas e vegetais frescos na pandemia.

Na edição de novembro, a equipe da Hortifruti Brasil analisou os impactos da pandemia sobre as exportações de oito frutas: banana, limões e limas, maçã, mamão, manga, melancia, melão e uva. Juntos, elas correspondem a 75% das exportações brasileiras na parcial de 2020 (janeiro a setembro).

Disponível neste link, a revista ainda oferece um balanço sobre consumo de suco de laranja e de hortaliças processadas, como batata pré-frita congelada e polpa de tomate, que tiveram seu consumo aumentado nos períodos de isolamento.

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