Área menor, produtividade recorde. A estimativa do Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura) para a safra de laranja 2019/2020 é de 388,89 milhões de caixas, 36% mais que na safra passada e 21% maior que a média dos últimos dez anos.
Tudo isso em uma área total 1,33% menor, de 408.825 hectares. Já a produtividade média prevista é de 1.051 caixas por hectare. Se confirmada, será a maior produtividade já atingida no cinturão citrícola do país, que abrange o sudoeste e o triângulo mineiro e também o interior de São Paulo.
Esses números refletem uma tendência na citricultura: a de operar em uma área menor e com mais investimento em tecnologia para aumentar a produtividade. Mas os produtores têm ido além disso: estão diversificando as culturas e investindo em soja, milho, cana-de-açúcar e ainda em outro ramo da citricultura, a laranja de mesa. Um estudo da Hortifruti Brasil, que reúne pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) de Piracicaba, detalha os resultados do chamado “projeto multinegócios”, testado em uma propriedade de 363 hectares com laranja, soja, sorgo e arrendamento para cana-de-açúcar.